Foto em Pauta.
O foto em pauta é uma evento mensal que acontece no Oi futuro onde cada mês um fotografo é convidado a falar sobre seu trabalho e responder perguntas.
Neste mês de Setembro, a convidada foi a artista plástica e também fotógrafa, Cris Bierrenbach. Ela falou sobre sua história com a fotografia que começou no foto jornalismo, um pouco sobre suas viagens, suas experiências com técnicas do século XIX, com o daguerreótipo e também seu trabalho com vídeos e performances.
O foto em pauta é uma evento mensal que acontece no Oi futuro onde cada mês um fotografo é convidado a falar sobre seu trabalho e responder perguntas.
Neste mês de Setembro, a convidada foi a artista plástica e também fotógrafa, Cris Bierrenbach. Ela falou sobre sua história com a fotografia que começou no foto jornalismo, um pouco sobre suas viagens, suas experiências com técnicas do século XIX, com o daguerreótipo e também seu trabalho com vídeos e performances.
Cris mostra que o trabalho artístico com a fotografia vai muito mais além do clic. Com um perfil também de pesquisadora, ela trás técnicas e métodos para o lado “errado” da fotografia como ela mesma diz. Pensando sempre em métodos alternativos de impressão e suporte para o trabalho.
Ela também usa uma técnica que eu não conhecia que se chama Daguerreótipo, um processo fotográfico inventado no século XIX, que foi considerado inovador, e por vezes muito próximo à pintura Impressionista por utilizar de uma melhor forma, a luz. Este método que se dá sem a 'produção' de negativos trabalha com surportes variados, desde madeira revestida de couro ao baquelite.
No daguerreótipo só é possível produzir uma cópia.
Como o seu daguerreótipo usa de suporte o espelho, a parte preta na foto ao lado é o próprio espelho onde a imagem que está à frente é refletida. Neste trabalho de Cris, que se chama Auto retrato, quando colocamos na nossa frente o espelho com o daguerreótipo, vemos na parte preta o nosso rosto que se mistura com a foto impressa do rosto da boneca.
Trabalhando ainda com técnicas “primitivas” da fotografia, Cris me encanta ao contextualizar o seu trabalho com essas técnicas antigas e ideais que permeiam no mundo contemporâneo, fazendo arte. É bonito quando ela diz que trás essas técnicas até aqui não com a pretensão de imitar ou fazer mais um do mesmo, só que alguns séculos depois. Ela usa da ousadia e da experimentação misturando o antigo e o contemporâneo.
Seus trabalhos são muito vastos, diversos e muito carregados de histórias e reflexão, ela trás suas experiências sempre pensando na criação das coisas através da fotografia, que se apresenta como um meio, um suporte para que ela fale sobre suas inquietações, desejos e o que quer que seja. Vi muitas coisas que remetem à feminilidade, á beleza e ao comportamento.
Foi muito bom ter ido fazer esta visita, saí de lá com a sensação de que a fotografia pode ser um lugar muito maior do que esse clic que parece ser tão importante. É bonito ver trabalhos tão cheios de significados e causa, e que ainda assim podemos tirar as nossas interpretações e ficarmos maravilhados tanto com os seus processos e resultados.
É sempre bom conhecer trabalhos e aprender nem que seja um pouquinho com eles, mas é de suma importância conhecer o artista, ouvi-lo falar do trabalho, as mil curiosidades, os processos, os porquês, as ideias, motivações e a paixão que os move que é uma coisa tão bonita. Ver que eles fazem essas coisas simplesmente porque querem, porque não se contém.
Site da Cris: http://crisbierrenbach.com
E um vídeo que pra mim mostra o quanto seu trabalho é diversificado, original e criativo:
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