sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Rodízio de Vídeo I



Estudos de plano.

No rodízio de vídeo foi proposto duas atividades diferentes. As aulas foram divididas entre os educadores e na primeira metade fizemos um estudo de planos com a Raquel.

Vimos as características dos planos e vimos alguns exemplos, como um plano sequência do filme Mon Oncle de Jacques Tati. Os planos são filmagens feitas sem corte, eles podem ser estáticos ou em movimento (Quando acompanham um personagem que está correndo, por exemplo). Vimos também um pouco de composição, enquadramento. Discutimos muitas imagens, vimos muita coisa e isso foi um dos pontos mais importantes do rodízio, eu gosto dessa reflexão sobre as imagens e as coisas que estão à cerca delas. 

Depois de muitas análises, a atividade era pesquisar um plano referência em casa e trazê-lo para um grupo onde seriam analisados. Depois escolheríamos um e reproduziríamos pensando em suas características.

Dentre vários que analisamos, escolhemos um que pensamos ter um potencial legal na hora da filmagem. Era um plano que começa em movimento e depois vira um plano estático (sem cortes), e o interessante era o jogo com o espelho trazendo para o grupo um potencial com reflexos.

Decidimos filmar no elevador da escola onde poderíamos ter uma imagem refletida e uma coisa legal com quem entra no elevador e pode ser visto dentro dele, e depois sem voltar pelo mesmo, aparecer do lado de fora, só que refletido na porta do elevador. 
Quando montamos os grupos de filmagem, foi legal perceber uma divisão de tarefas entre as pessoas em uma gravação mesmo que pequena, já que todas as participações são importantes para o produto final. Neste trabalho eu diria que fiquei na parte de produção. Pensando por onde as pessoas andariam, como abrir o elevador, dando suporte para o grupo sem deixar de dar palpite e participar claro, dos outros processos.



Rodízio de Vídeo II


Vídeo Pintura

Na segunda parte do rodízio, estudamos com o Leo, a vídeo pintura. Uma “técnica” nova de pintar através do computador. Como eu já havia tido aula de vídeo pintura na minha eletiva, foi uma pouco mais tranquilo, porque eu já tinha uma noção do que funcionava ou não com a pintura.

Nessa atividade usamos um software chamado Studio artist. E nas aulas percebemos que o programa não é um tipo de photoshop que aplica efeitos às imagens e nem um programa que faz aquilo que quer e você interfere pouco nos resultados.
Nesse trabalho nós percebemos melhor a nossa relação com o computador, pois podemos montar cada frame que é pintado pelo programa, e estudando ele nós podemos experimentar mais os pincéis, os tipos de tinta, a técnica e até apresentar um pintor para que ele tenha referência.

Depois desses estudos fomos para a parte técnica, que era capturar algumas imagens que tenham algum sentido poético para nós, e depois joga-la no software para ser pintada. Dentro do meu grupo de 5 pessoas, nós tínhamos três pessoas que faziam a eletiva de vídeo pintura, então foi muito mais tranquilo perceber o que funcionava ou não. Em termos de textura, claridade, profundidade, foco e desfoque etc...
Escolhemos falar sobre a dor, em específico a dor de dente de Paloma, a dor é uma coisa que incomoda e no caso do dente, era uma coisa que latejava, que parecia ir e vir . Fizemos um analogia com os pratos da bateria, que quando o usamos ele vibra e vai parando aos poucos. Então fizemos essa tentativa de gravar com os pratos e não funcionou muito bem, nem todos estavam agradando do trabalho e era uma coisa confusa e chapada em termos de luz.
No segundo dia, resolvemos usar um plano mais aberto, que valorizasse o espaço e os elementos. Fomos para dentro do estúdio e montamos uma composição com muito mais elementos, mas que o 'assunto' fugia um pouco do sentido da dor de dente.
Conversamos sobre a posição e a ação de cada um dentro do vídeo, usamos a luz artificial para poder dar um efeito com o toldo vermelho que fica dentro do estúdio e percebemos que era um potencial muito grande quando pintássemos o vídeo.
Gravamos, e levamos o vídeo para o software, experimentamos algumas pinturas, pincéis, tintas e vimos que essa que foi escolhida valorizaria mais o nosso trabalho. 

 




Frames do vídeo não pintado







quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Cris Bierrenbach

Foto em Pauta.

O foto em pauta é uma evento mensal que acontece no Oi futuro onde cada mês um fotografo é convidado a falar sobre seu trabalho e responder perguntas.

Neste mês de Setembro, a convidada foi a artista plástica e também fotógrafa, Cris Bierrenbach. Ela falou sobre sua história com a fotografia que começou no foto jornalismo, um pouco sobre suas viagens, suas experiências com técnicas do século XIX, com o daguerreótipo e também seu trabalho com vídeos e performances.
Cris mostra que o trabalho artístico com a fotografia vai muito mais além do clic. Com um perfil também de pesquisadora, ela trás técnicas e métodos para o lado “errado” da fotografia como ela mesma diz. Pensando sempre em métodos alternativos de impressão e suporte para o trabalho. 

Ela também usa uma técnica que eu não conhecia que se chama Daguerreótipo, um processo fotográfico inventado no século XIX, que foi considerado inovador, e por vezes muito próximo à pintura Impressionista por utilizar de uma melhor forma, a luz. Este método que se dá sem a 'produção' de negativos trabalha com surportes variados, desde madeira revestida de couro ao baquelite.


No daguerreótipo só é possível produzir uma cópia.

Como o seu daguerreótipo usa de suporte o espelho, a parte preta na foto ao lado é o próprio espelho onde a imagem que está à frente é refletida. Neste trabalho de Cris, que se chama Auto retrato, quando colocamos na nossa frente o espelho com o daguerreótipo, vemos na parte preta o nosso rosto que se mistura com a foto impressa do rosto da boneca. 

 

 


Trabalhando ainda com técnicas “primitivas” da fotografia, Cris me encanta ao contextualizar o seu trabalho com essas técnicas antigas e ideais que permeiam no mundo contemporâneo, fazendo arte. É bonito quando ela diz que trás essas técnicas até aqui não com a pretensão de imitar ou fazer mais um do mesmo, só que alguns séculos depois. Ela usa da ousadia e da experimentação misturando o antigo e o contemporâneo.

Seus trabalhos são muito vastos, diversos e muito carregados de histórias e reflexão, ela trás suas experiências sempre pensando na criação das coisas através da fotografia, que se apresenta como um meio, um suporte para que ela fale sobre suas inquietações, desejos e o que quer que seja. Vi muitas coisas que remetem à feminilidade, á beleza e ao comportamento. 
 
Foi muito bom ter ido fazer esta visita, saí de lá com a sensação de que a fotografia pode ser um lugar muito maior do que esse clic que parece ser tão importante. É bonito ver trabalhos tão cheios de significados e causa, e que ainda assim podemos tirar as nossas interpretações e ficarmos maravilhados tanto com os seus processos e resultados. 

 
É sempre bom conhecer trabalhos e aprender nem que seja um pouquinho com eles, mas é de suma importância conhecer o artista, ouvi-lo falar do trabalho, as mil curiosidades, os processos, os porquês, as ideias, motivações e a paixão que os move que é uma coisa tão bonita. Ver que eles fazem essas coisas simplesmente porque querem, porque não se contém.

Site da Cris:
http://crisbierrenbach.com

E um vídeo que pra mim mostra o quanto seu trabalho é diversificado, original e criativo:




 

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Um texto de uma fotografia

Oficina da palavra.
Esse semestre estamos trabalhando com retratos então a ideia desta atividade era cada um levar uma fotografia para que um outro colega usasse desenvolvendo um texto sobre essa pessoa que é desconhecida para ele, e o mesmo eu teria que fazer.  Construiríamos um personagem de acordo com aquilo que vemos na foto, os elementos que contribuem para contar uma história e claro, nossa criatividade.
Para que entendêssemos um pouco melhor a relação das pessoas reais ou fictícias dentro da construção de uma imagem, de um personagem, lemos alguns textos onde a descrição dos personagens acontece de forma mais sutil e menos adjetivada. Fazendo com que a gente perceba que o personagem é tímido ou extrovertido sem precisar deixar isso tão marcado no texto. 
Também assistimos ao filme "Edifício Máster" onde encontramos personagens reais que nos mostram que todas as pessoas têm histórias, já que enfrentamos o desafio de inventar uma vida à partir de uma fotografia, que muitas vezes poderia não nos dizer muita coisa.   


Cena 1:

Escolheu, no guarda roupas do namorado, o colar que parecia ser o mais valioso.Quase tudo estava combinado com os amigos, só faltava saber com quem arrumariam o revólver.



Cena 2:

Túlio andava com seu pai pela avenida José Amaro quando viu o sinal de Léo para que se posicionasse no lugar combinado, só mais três bancos e tudo estaria pronto para acontecer. Viviane, mais a frente, com o colar de prata no pescoço e a bolsa, despretensiosamente jogada no colo, lançou uma piscadela para o garoto confirmando a ação.



Cena 3:                                                              

Tumulto na avenida José Amaro, o que parecia ser um assalto virou uma perseguição. Um homem armado veio em direção à moça que se levantava do banco, lhe arrancou o colar do pescoço e levou sua bolsa. Túlio que acabara de passar pela moça vê a cena e corre atrás do assaltante que desce toda a avenida e acaba desembocando em um beco sem saída.



Cena 4:                             



- E aí, cara? Você acha que funcionou?

Perguntou, Leo

- Acho que sim, me entrega o colar e a bolsa.



Cena 5:

Túlio volta para a cena do assalto com as coisas da moça nas mãos e encontra ela e o pai ainda espantados. Viviane agradece eufórica, enfatizando sua coragem e bravura.



O pai de Túlio orgulhoso dá um abraço no filho e diz:



- Eu num disse que você não tinha perfil pra ser um marica, meu filho, você não é assim. Agora a gente pode esquecer aquele assunto e mostrar pra todo mundo que você colocou aquele vagabundo pra correr que nem homem de verdade faz. Filho meu nasceu foi pra ser homem macho!!



E por mais algum tempo Túlio poderá dormir sem ter o peso daquele assunto lhe pesando as costas.








Retrato escrito

Oficina da palavra.
Juntei com alguém da sala que eu não tinha muito contato e a partir de uma dupla entrevista, escrevi um retrato e a pessoa escreveu um sobre mim. Colcando coisas que eu sabia, coisas que ele disse e até coisas que eu imaginava.


Aquele que busca é despretensioso e curioso, gosta de conhecer as coisas - e muitas coisas-  direto de sua origem e sua honestidade. 
Muitas experiências, às vezes boas, ruins e muito chocantes, como a sua história com a fotografia. Parece ser um cara muito fácil de se estereotipar, mas é preciso conhecê-lo mais do que simplesmente ouvir falar dos seus questionamentos sobre Jesus no corredor. 
É difícil sintetizar Maxwell, consigo ver muitas palavras que ainda assim não podem se sustentar: autodidata, artesão, livre, pseudo e rotulado ateu. Palavra essa que não deveria e não traduz o que ele é. Ateu é simplesmente uma palavra que o faz lembrar que sua vida são suas escolhas e que se minha vida ta uma merda a culpa é minha. 
Cresceu no meio das mulheres e desenvolveu uma sensibilidade justa e peculiar. Apanhou em casa, pensou ser gay , viajou para o mundo com a mochila nas costas e pensou que isso seria o suficiente, já foi casado, é filho de pastor e diz: "A solidão é uma droga perigosa e é muito fácil se acostumar com ela."


Entrevistado: Maxwell Vilela

Memória Inventada

Oficina da palavra.
Depois de alguns textos que relacionam memória e ficção, foi proposto para a turma criar um texto que mistura o real com aquilo que você pode inventar.
Com uma semana estranha dentro dos ônibus, criei uma memória onde pessoas subtendidamente precsenciam coisas que vão além de simplesmente pegar o ônibus. 


De vinte e cinco à vinte e nove.

Ora fechado, ora vazio.

   O ônibus que sempre pego cheio tem vindo vazio. “ô cobrado, cobradô, cobradô, faz favo sô, cobrado” E os olhos dele nunca paravam, o cobrado não respondia e quanto mais ele se calava, mais o moço gritava, ô  cobrado!!
   No ponto, a gente sempre via o GAIA indo pra onde a gente deveria ir, mas o estranho é que ninguém entrava. Parece que as pessoas gostam sempre de se prender a outras e preferem pegar o ônibus mais cheio. E hoje ele tava vazio, mas aí fiquei apertada, sério. A moça do lado era grande, mas foi o primeiro banco que apareceu na minha frente. Eu nunca sei escolher bancos pra sentar, roupas para vestir, pontos para os finais, espaços para os vazios, nomes pras coisas, coisas para os trecos...
   Num outro dia decidi ler um livro pra encurtar a volta, e o motorista bem a vontade apagou a minha luz e eu ainda cheia de despeito decido escrever. Assim eu poderia montar meu próprio desenho de palavras sem precisar das pupilas que sofriam tanto por dilatar.
   Essa quase meia dezena foi cheia de surpresa em um espaço muito vazio. Em um espaço de tanta saudade, vazio e confuso.



quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Rodízio de fotografia





Neste rodízio vimos muitas coisas;  recursos em câmeras digitais, algumas referências de fotógrafos, pinhole, fotograma, um documentário e saímos para fotografar fora da escola.


Fotograma
Começamos com o fotograma – fazer fotografia sem o uso de câmeras-  e logo ali percebi melhor a relação da fotografia com a luz. Usamos uma composição com objetos prestando atenção nas suas características,  já que a cor, textura e a transparência deles influenciam no resultado do fotograma.
O processo era: montar essa composição pensando que objetos com cores mais sólidas, mais “bem resolvidas” e escuras, iriam ficar brancos quando passasse pelo ampliador. Ir para o laboratório e montar o que pretendíamos em cima do papel fotográfico para que fosse formado a imagem latente do fotograma. No ampliador nós expomos o papel para que a imagem fosse "desenhada" pela luz. Depois disso era só revelar o papel passando pelos químicos e o trabalho está pronto.

A imagem que vemos se forma porque os objetos que usei na composição não deixaram a luz passar quando o ampliador foi ligado. Onde a luz alcançou ficou tudo preto porque a luz “queima” o papel fotográfico. 





Annie leibovitz
Assistimos ao documentário da fotógrafa Anne leybovitz  que trabalha em especial com fotografia publicitária. Descobri a sua importância dentro desse meio, vi que as fotos que eu achava mais instigantes e irreverentes eram dela.  




                                                                               Foto mais famosa da Annie. John Lennon e Yoko Ono cinco horas antes dele morrer.




Pinhole
Antes mesmo de pegar na câmera fomos fazer o pinhole, uma das atividades mais desafiadoras dentro do rodízio, um processo que me impressiona pelos resultados e suas dificuldades. É um trabalho que valoriza o “pensar a fotografia” antes de disparar o obturador para fazer a foto por exemplo. Chamado talvez de fotografia artesanal, o pinhole é muito difícil de fazer e alcançar o objetivo logo de cara, mas ainda assim os resultados impressionam. 
Fiz dois pinholes e tentei logo no primeiro uma dupla exposição que não funcionou. Expus a primeira imagem por 3 minutos, fechei a lata e a virei de cabeça para baixo expondo a segunda imagem por 2 minutos. Não acertei porque precisava de mais tempo na última imagem para que ela ficasse exposta e saísse o que eu queria no papel, com isso a segunda exposição ficou pouco perceptível no pinhole.  




Dupla exposição em pinhole escaneada e passada para o positivo no photoshop.


Câmera digital
Por último tivemos as aulas com câmeras digitais, vimos o básico dos seus recursos e tivemos a escolha de trabalhar com a câmera no modo manual ou automático. Escolhi o manual pensando em experimentar as coisas e fazer exercícios. Foram três dias de fotografia digital, dois na escola e um no centro da cidade. Lá eu  senti um pouco mais de dificuldade, porque o tempo era reduzido e eram muitas pessoas no grupo para também fotografar. Não consegui tirar muitas fotos, mas fiz algumas que gostei.

Primeiro dia:
  


















Segundo dia:

 
















Centro:





















Mais fotos do rodízio: http://www.flickr.com/photos/euninguemaqui/sets/72157626983322348/

domingo, 11 de setembro de 2011

Rodízio de desing gráfico

No segundo rodízio nós não tivemos muito tempo por causa de um feriado, então tivemos duas semanas para conhecer um pouco da linguagem. Fizemos um toy-art que foi montado por um processo de pesquisa sobre a nossa identidade e à partir disso fomos criando personalidades e caractériscas até chegar em uma outra personalidade, a do nosso toy.. O boneco não é uma representação nossa, mas sim uma construção que tinha um pouco das nossas características misturadas. 

Meu toy é um panda-banjo-relógio.
Se eu fosse um objeto seria um relógio, o banjo é um dos instrumentos usados pela cantora que eu gosto, Mallu Magalhães, e os pandas são canhotos assim como eu (li isso sobre os pandas em algum lugar mas ainda não sei se é verdade).
Apesar de suas características terem um pouco a ver comigo, a personalidade do panda é totalmente diferente, ele é um cara confuso e bem bravo.














Quando chegamos no boneco idealizado, desenhamos ele experimentando um pouco os seus membros. O tamanho deles, como seria para recortar, onde colorir , o que colar, etc...
Depois desenhamos ele no programa Illustrator até chegar no toy pronto para ser impresso.


 


Rodízio de computação gráfica

Design degenerativo.

No rodízio de computação gráfica foi proposto o tema design degenerativo. Era tudo muito novo, já que era a primeira linguágem que eu estava passando dentro da escola.
Vi alguns trabalhos de referência para entender o que é a computação gráfica além do computador e dos códigos.  Trabalhei com um programa chamado processing, onde montamos todos os comandos de acordo com o nosso objetivo. Aprendi a montar  coisas como: o tamanho da tela que pretendo usar, o posicionamento das coisas dentro da tela, qual cor,  quais coisas – bolinhas, quadrados, retângulos, linhas, pontos, etc -



 Interface do Processing com o código incompleto.


















Fiz um projeto de uma imagem que interagia com o mouse. Quanto mais alto eu colocava o cursor, mais rápido e mais ao centro as linhas desenhavam. E quanto mais baixo, mais nas bordas e lento o desenho se fazia.